Tendo em mente a crise gerada pelo COVID-19, penso que nada é mais vazio do que a insistência em um debate no qual claramente a ciência dita as regras e aponta para as decisões mais sensatas a serem tomadas, a intransigência de quem coloca seres humanos como semideuses e ou detentores de todo conhecimento pelo simples cargo político que ocupam.

Nessas voltas particulares que a terra vem dando em 2020 é importante que trabalhemos nossas formas de solidariedade. Em que sentido? A situação está dada, temos pessoas com dificuldades financeiras, passando fome, sem condições de comprar álcool em gel ou demais aparelhos de higiene e outras situações que foram intensificadas com a interrupção do pleno funcionamento econômico (Intensificadas porque muitas pessoas já conviviam com essa situação sob ciência de uma elite que mascara seus reais motivos frente a passeatas que têm como slogan “As pessoas não podem passar fome” – Típico aproveitamento de obviedades para apelo político).

Dito que é esse o cenário, é interessante que façamos da solidariedade nossa principal força. É importante mandar mensagens no WhatsApp perguntando para seu amigo se está tudo bem, se precisa de ajuda material ou emocional, fazer vídeos chamadas inesperadas com colegas e velhos amigos, criar e ajudar campanhas de arrecadação de alimentos – Pode ser com aquele feijão que você não vai comer – compartilhar e indicar livros, se der, ajudar com o pouco dinheiro que está sobrando pode salvar uma ou duas refeições.

São pequenos atos, muitas vezes de tempo (escasso eu sei) ou de doações materiais que vão mitigar essa situação desfavorável, e quem sabe, façam com que nossos laços se tornem mais orgânicos ao fim de tudo isso. Não deixe o que você pensa sobre determinado contexto, te machucar mais que os próprios fatos.